NÚMERO DE ALUNOS ESPECIAIS AUMENTA NAS ESCOLAS
Número de alunos especiais aumenta nas escolas
Desde 98, o número de alunos deficientes em escolas especializadas cai, enquanto aumentam as matrículas em escolas convencionais.
Número de alunos especiais aumenta nas escolas
Desde 98, o número de alunos deficientes em escolas especializadas cai, enquanto aumentam as matrículas em escolas convencionais.
O número de alunos com necessidades especiais está aumentando nas salas de aula do Brasil. E esse crescimento da chamada educação inclusiva pode ser notado na rede pública de ensino, como mostra a reportagem de César Menezes.
Julia fica sempre na primeira carteira, bem perto do quadro negro, porque enxerga pouco. “É legal, a gente aprende mais e dá para brincar com os colegas”.
Ela mora em Cuiabá. Desde 2004, o número de alunos especiais nas escolas públicas da cidade subiu de 62 para 327. Essa inclusão acontece em todo o Brasil.
Desde 98, o número de alunos deficientes em escolas especializadas cai, enquanto aumentam as matrículas em escolas convencionais.
O consultor João Felipe comemora, mas diz que mais escolas precisam se preparar para receber alunos especiais. "É um processo em curso e a gente tem que pegar isso como incentivo e continuar trabalhando dentro daquilo que a gente tem como perspectiva".
Segundo ele, construir rampas é importante, mas não basta. As escolas precisam ter material didático e equipamentos adequados, além de professores treinados.
Uma escola bem preparada atende melhor o aluno com deficiência, mas não é só isso. Ela também promove a inclusão. Um bom exemplo está em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Um programa de inclusão foi implantado em 2005. Como os pais percebem o bom resultado nas provas e na vida dos filhos, o número de matrículas aumenta.
Em 2005, foram 78. Esse ano, há 348 alunos deficientes matriculados na rede municipal. Monaliza aprende a andar sozinha pela escola. Renato Almeida, de 13 anos, não perde nada nas aulas, é um dos melhores alunos de matemática. "Eu aprendi na máquina que tinha a professora que ensinava o braile".
Além dos alunos, pais e professores fazem cursos para ensinar do jeito que a criança pode aprender. "Quando o aluno tem o recurso e as pessoas que estão à sua volta têm a noção de que ele é capaz e o que pode ser feito para que alcance isso, aí a inclusão acontece de verdade", afirmou a educadora Jurema Dantas.
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